PODER SOBRE A VIDA, POTÊNCIAS DA VIDA
Biopoder – poder sobre a vida
Biopotência – poder da vida
(Deleuze)
“De fato, como poderia o império atual manter-se caso não capturasse o desejo de milhões de pessoas? Como conseguiria ele mobilizar tanta gente caso não plugasse o sonho das multidões às megamáquina planetária? Como se expandiria se não vendesse a todos a promessa de uma vida invejável, segura, feliz?” p.20
“Através dos fluxos de imagens, de informação, de conhecimento e de serviços que acessamos constantemente, absorvemos maneiras de viver, sentidos de vida, consumimos toneladas de subjetividades.” p.20 – novo modo de relação entre o capital e a subjetividade.
O CAPITALISMO SE ESTABELECE – capitalismo cultural, economia imaterial
- inicialmente pela captura dos desejos da multidão
BIOPOLÍTICA, SOCIEDADE DO ESPETÁCULO
- através da mídia e da propaganda, penetra e coloniza o aparentemente inviolável inconsciente; mobiliza essas esferas
O IMPÉRIO SE NOMADIZOU – capitalismo em rede
- falência lógica da fortaleza: expansão da lógica de fluidez
- enaltece as conexões, a movênia
- produz novas formas de exploração e de desligamento
A MAIORIA ESTÁ DESPLUGADA DA REDE DE VIDA
- por que o direito de engatar-se migra do âmbito social para o âmbito comercial
“Em outras palavras: se antes a pertinência às redes de sentido e de existência, aos modos de vida e aos territórios subjetivos dependia de critérios intrínsecos tais como tradição, direitos de passagem, relações de comunidade e trabalho, religião, sexo, cada vez mais este acesso e mediado por pedágios comerciais, impagáveis para a maioria”. p.21
“Que possibilidades restam nessa conjunção de plugagem global e exclusão maciça de produzir territórios existenciais alternativos àqueles ofertados ou mediados pelo capital?” p.22
É PRECISO INSTRUMENTOS ESQUISITOS PARA AVALIAR A CAPACIDADE DE CONSTRUÍREM TERRITÓRIOS SUBJETIVOS OS “EXCLUÍDOS”.
“Que capacidade social de produzir o novo está disseminada por toda parte, sem estar essa capacidade subordinada aos ditames do capital, sem ser proveniente dele nem depender da valorização?” p. 22
TODOS PRODUZEM CONSTANTEMENTE. “produzir é inventar novos desejos e novas crenças, novas associações e novas formas de cooperação.” p.23
A INVENÇÃO É A POTÊNCIA DO HOMEM COMUM!
A VITALIDADE COGNITIVA E AFETIVA É SOLICITADA E POSTA A TRABALHAR – pelo capitalismo
- vida capital
- A dimensão subjetiva e extra-econômica era antes relegada ao privado, ao pessoal.
“São requisitados dos trabalhadores sua inteligência, sua imaginação, sua criatividade (...) sua afetividade (...)” p.24
AS FORÇAS VIVAS PASSAM DE RESERVAS PASSIVAS À MERCER DO CAPITAL E SER O PRÓPRIO CAPITAL; A PRINCIPAL RIQUEZA DO CAPITALISMO
BIOPOLÍTICA (FOUCAULT – século (xviii)
– modalidade de exercício de poder sobre a vida
– vida biológica
POTÊNCIA DE VIDA (DELEUZE)
- o conceito de vida inclui a sinergia coletiva, cooperação social e subjetiva (inteligência, afeto, cooperação e desejo)
- não mais reduzida à função biológica
A luta contra a dominação e exploração está ao lado da luta contra as formas de assujeitamento, de submissão da subjetividade.
Superposição das 3 dimensões: povo, multidão, massa.
EXTENSÃO DO IMPÉRIO
- modalidade de controles mais sofisticados
- territorialismo generalizado
- militarização do psiquismo mundial
“Há algo no império que é puro desfuncionamento”. p.27
PELBART, Peter Pál. Vida Capital. SP: Iluminuras, 2003. 252p.
Um comentário:
Acabei de ler Multidão Contra o Império de Negri e Hardt e vou iniciar a leitura de Vida Capital. É necessário se localizar neste pós-geral para se propor combater a opressão.
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